Tuesday 14 July 2009

Para não ficarem preocupados, vim cá só dizer que estou viva.

E deixar uns pensamentos.
Sabem aquela história da borboleta? Um menino e o pai estavam a ver uma borboleta a tentar sair do casulo e como a borboleta estava a lutar muito e parecia não haver sucesso à vista, o menino vira-se para o pai e diz-lhe que vai ajudar a borboleta a sair do casulo. O pai diz para ele não fazer isso porque a luta que a borboleta está a travar é que vai fazer com que as asas fiquem fortalecidas e com que ela consiga voar dali a uns dias. Se o menino ajudar a borboleta, apesar de ter boas intenções, vai fazer mais mal que bem.

Neste preciso momento sinto-me como uma borboleta que alguém (ou muitos alguéns) ajudou a sair do casulo. Eu não pedi para me ajudarem a sair do casulo (porque afinal, borboletas não falam) mas alguém me ajudou. Alguém me fez acreditar que a vida me seria sempre entregue de bandeja. Alguém me fez acreditar que a vida é fácil e que tudo é cor-de-rosa com florinhas.

E agora sinto que não consigo voar.

Penso na minha vida e vejo com clareza que não sou tão forte como a maioria das pessoas é e definitivamente não sou tão forte como algumas pessoas desejariam. Tudo me deita abaixo. E eu não gosto de ser assim, a sério que não. Mas sempre que tento levantar vôo vem uma rabanada de vento e atira a borboleta ao chão.

E cada vez que eu tento voar e sou atirada ao chão, mais difícil se torna em pensar sequer em voar.

E agora, no meu cérebro de borboleta penso no que será que posso fazer para mudar o que já tentei mudar tantas vezes sem sucesso.

E pronto, era isto.

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